STF decide julgar Bolsonaro por tentativa de golpe
- Editorial CDB
- 27 de mar.
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Atualizado: 15 de abr.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, aceitar a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusando-o de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Com essa decisão, Bolsonaro e outros sete aliados próximos se tornarão réus e enfrentarão um julgamento histórico no Brasil.

Entre os acusados estão figuras proeminentes, como os ex-ministros da Defesa e da Justiça, além de altos oficiais militares. Eles enfrentam acusações que incluem tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e formação de organização criminosa armada. As penas, em caso de condenação, podem ultrapassar 40 anos de prisão.
As investigações apontam que o grupo teria planejado ações para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, incluindo a elaboração de decretos para anular os resultados das eleições e a busca de apoio das Forças Armadas para intervir no processo democrático.
Bolsonaro nega as acusações, alegando ser vítima de perseguição política com o objetivo de inviabilizar sua participação nas eleições de 2026. Ele também critica a rapidez do processo e questiona a imparcialidade do STF.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a competência do STF para julgar o caso, ressaltando que os crimes imputados ocorreram durante o exercício do mandato presidencial de Bolsonaro.
O STF pretende concluir o julgamento ainda em 2025, visando evitar que o processo interfira nas eleições de 2026. No entanto, a defesa de Bolsonaro poderá adotar estratégias para postergar o andamento do caso.
Este julgamento representa um marco na história política brasileira, sendo a primeira vez que um ex-presidente enfrenta acusações tão graves relacionadas à tentativa de subverter a ordem democrática do país.
Da Redação
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